segunda-feira, 3 de maio de 2010

“Poesia” e “aborto” — termos que não rimam

Transcrito do Blog da Família
http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/2010/05/poesia-e-aborto-termos-que-nao-rimam.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+BlogDaFamlia+%28Blog+da+Fam%C3%ADlia%29

De Rosalina Herai, recebi para este blog uma poesia sobre aborto. “Poesia” e “aborto” — termos que não rimam, pelo contrário, destoam, “berram” por estarem juntos. Mas ela expressa muito bem em versos a mais pura verdade do que se passa numa prática abortiva: o crime em si (o infanticídio); e o trauma que advém àquela que em vez de embalar seu bebê, “embala” aflitivos pesadelos, por não ter em seus braços a inocente criança que Deus lhe deu.
Eis a transcrição do texto que nos foi enviado:
_______________

Prezado amigo, boa tarde!
É maravilhosa sua luta pelo bem, pela vida... São tantos os choros dos inocentes, um choro dentro da mãe... Meu Deus que pecado imenso elas cometem!
Deus o abençoe meu amigo. É uma honra poder contribuir para esta luta.
Atenciosamente

Aborto

Uma criança suplica
Do ventre de sua mãe
Não retire os meus membros
Que a mim ele compõe

Desesperada a criança
Foge no líquido amniótico
Senti que lá fora
Há uma seringa de plástico

Sugando seu corpinho
O monstro varre o ventre
Desmanchando o ninho
Do pobre inocente

Já sangrando lá dentro
Indefesa a pobre criança
Chora por sua mãe
Interrompe a matança

Nas dobras que tem
O seu corpinho se espalha
E a mãe assassina
Se senti aliviada

Passa o primeiro momento
A mãe tem um só pensamento
Passando a mão pelo ventre
Senti falta da criança lá dentro

Passam: minuto a minuto
Hora por hora
Mês a mês
Ela a mãe está morta
No seu coração a assassina
Matou também ela própria

Em todo lugar que vai
Senti a criança gritar
E seus braços sentem
A falta da criança embalar

Já toda ressequida
Pelo crime que cometeu
Vê que seus puros sonhos
Com a criança morreu

Chora por muitos anos
No vazio da vida em seu quarto
Sabe que naquele dia fatídico
Deveria salvar o bebê, amá-lo

Agora já sem ninguém
Vê, foi uma covarde na vida
Podia ter trabalhado
Criado sua criança
Que estaria adormecida

Rosalina Herai

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