quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Medalha Milagrosa

 
A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças
(para conseguir a sua, clique aqui)



Paris, 1830. A França e o mundo pensavam ter chegado ao fim de tantas calamidades produzidas pela infame Revolução Francesa. Ilusão... tal Revolução havia plantado um gérmen de revolta e ateísmo que até hoje brota. A decadência moral se fazia sentir, as pessoas se afastavam cada vez mais de Deus.


No entanto, Nossa Senhora, Mãe de Misericórdia, decidiu fazer um revide a essa situação, e na noite de 27 de novembro de 1830, Ela apareceu a Santa Catarina Labouré e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa, prometendo:



“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança

Seis anos depois 15 milhões de medalhas já haviam sido distribuídas, e de todas as partes do mundo chegavam notícias de milagres e conversões. Em 10 anos, 100 milhões. Mais conversões, mais milagres.



E hoje? O mundo está muito pior do que naquela época...

Mas é por essa mesma razão que Nossa Senhora quer derramar graças ainda mais abundantes para seus devotos!



Use também a Medalha Milagrosa, como pediu Nossa Senhora, distribua entre os amigos e parentes! Clique aqui!



Assim V. aumentará sua devoção à Mãe de Deus e conseguirá abundantes graças, sobretudo se pedir com confiança!



Para conseguir sua Medalha Milagrosa, clique aqui!





 

Medalha Milagrosa

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças
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Paris, 1830. A França e o mundo pensavam ter chegado ao fim de tantas calamidades produzidas pela infame Revolução Francesa. Ilusão... tal Revolução havia plantado um gérmen de revolta e ateísmo que até hoje brota. A decadência moral se fazia sentir, as pessoas se afastavam cada vez mais de Deus.

No entanto, Nossa Senhora, Mãe de Misericórdia, decidiu fazer um revide a essa situação, e na noite de 27 de novembro de 1830, Ela apareceu a Santa Catarina Labouré e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa, prometendo:

“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança

Seis anos depois 15 milhões de medalhas já haviam sido distribuídas, e de todas as partes do mundo chegavam notícias de milagres e conversões. Em 10 anos, 100 milhões. Mais conversões, mais milagres.

E hoje? O mundo está muito pior do que naquela época...

Mas é por essa mesma razão que Nossa Senhora quer derramar graças ainda mais abundantes para seus devotos!

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Os covardes não entrarão no reino dos céus.

 
Os covardes não entrarão no reino dos Céus

O reino dos Céus admite violência; só os violentos o arrebatam ..•.
Oh! quão violento é esse combate: e é preciso sempre recomeçar. A vitória da véspera não garante a do dia seguinte. Hoje, vencedor, amanhã, vencido. Basta qualquer descanso para preparar a derrota: só saem vitoriosos dessa guerra aqueles que jamais cessam de lutar.
É preciso escalar o Céu, tomá-lo de assalto ...• O fundo de nossa natureza é a covardia; todos os vícios nada mais são que covardia ("La Divine Eucharistie", Desclée de Brouwer, Paris, 1926, 16ª ed., pp. 293 e 295).

SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD

Os covardes não entrarão no reino dos céus.


Os covardes não entrarão no reino dos Céus

O reino dos Céus admite violência; só os violentos o arrebatam ..•.
Oh! quão violento é esse combate: e é preciso sempre recomeçar. A vitória da véspera não garante a do dia seguinte. Hoje, vencedor, amanhã, vencido. Basta qualquer descanso para preparar a derrota: só saem vitoriosos dessa guerra aqueles que jamais cessam de lutar.
É preciso escalar o Céu, tomá-lo de assalto ...• O fundo de nossa natureza é a covardia; todos os vícios nada mais são que covardia ("La Divine Eucharistie", Desclée de Brouwer, Paris, 1926, 16ª ed., pp. 293 e 295).
SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Legitimidade do culto as imagens

Diferença entre Imagem e Ídolo

Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: "Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta" (Hc 2, 19)

A Bíblia reza no livro de Josué: "Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel" (Jos 7, 6).

Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel?

Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma "serpente" de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que "olhar" é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?

Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal "serpente" era o símbolo do Cristo crucificado: "Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem" (Jo 3, 14).

Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não.

A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc.

Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus.

E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico...

Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus.
Alguns protestantes argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma na Bíblia? É uma contradição dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, todavia, para condenar os católicos, não é necessária a Bíblia...

Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens

O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).

Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!

Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.

Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria.

Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "semelhantes" a Deus, como afirmou S. Paulo: "já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim".

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.

As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus.

O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.

O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).

O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.

Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

Legitimidade do culto as imagens

Diferença entre Imagem e Ídolo

Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: "Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta" (Hc 2, 19)

A Bíblia reza no livro de Josué: "Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel" (Jos 7, 6).

Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel?

Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma "serpente" de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que "olhar" é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal?

Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal "serpente" era o símbolo do Cristo crucificado: "Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem" (Jo 3, 14).

Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não.

A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc.

Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus.

E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico...

Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus.
Alguns protestantes argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma na Bíblia? É uma contradição dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, todavia, para condenar os católicos, não é necessária a Bíblia...

Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens

O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).

Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!

Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.

Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria.

Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "Bezerro de Ouro" como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam "semelhantes" a Deus, como afirmou S. Paulo: "já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim".

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.

As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus.

O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.

O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).

O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.

Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Festa do Nascimento da Mãe de Deus

Sermão do Nascimento da Mãe de DeusPadre António Vieira"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria?Vede o para que nasceu.Nasceu para que dEla nascesse Deus. (...)
Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança.
Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz;os discordes, para Senhora da Paz;
os desencaminhados, para Senhora da Guia;
os cativos, para Senhora do Livramento;
os cercados, para Senhora da Vitória.Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes, para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos, para Senhora da Graça;
e todos os seus devotos, para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz,dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus."

Festa do Nascimento da Mãe de Deus

Sermão do Nascimento da Mãe de DeusPadre António Vieira"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria?Vede o para que nasceu.Nasceu para que dEla nascesse Deus. (...)
Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança.
Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz;os discordes, para Senhora da Paz;
os desencaminhados, para Senhora da Guia;
os cativos, para Senhora do Livramento;
os cercados, para Senhora da Vitória.Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes, para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos, para Senhora da Graça;
e todos os seus devotos, para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz,dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus."

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Palavra do Sacerdote - Matrimonio

Pergunta — Sou de família católica, e minha intenção sempre foi casar-me na Igreja. Mas todas as minhas amigas já estão separadas, em geral depois do primeiro filho. No civil, o casamento pode ser desfeito pelo divórcio, de maneira cada vez mais fácil. Mas na Igreja, só com um processo de anulação(*) complicado, caro e, segundo me dizem, desagradável. Como pode a Igreja não flexibilizar suas posições diante da situação concreta do mundo atual? Eu quero estar bem com Deus e com a Igreja, mas não acho justo correr o risco de ser abandonada depois do primeiro filho e não poder casar-me de novo. Então parece melhor juntar-me durante algum tempo e só casar depois que der certo. Se der…
Resposta — A descrição que a missivista faz do mundo moderno corresponde, em grande parte, à realidade. E nos lugares onde não se está inteiramente assim, caminha-se a passos rápidos para lá. A perplexidade dessa jovem é até mesmo compreensível, embora não se possa absolutamente aprovar a solução que propõe.
De qualquer modo, sua manifestação de querer “estar bem com Deus e com a Igreja” indica uma boa disposição de fundo de alma, pelo que merece ser especialmente ajudada. É o que procuraremos fazer.
Uma civilização que se afastou de Deus
O mundo moderno tornou-se um organismo doente, precisamente porque se afastou de Deus e da Santa Igreja. A questão é saber se tem cura, se tal cura se daria pelos processos normais.
A resposta é bem definida: cura tem que haver, porque do contrário seria preciso admitir que as portas do inferno prevaleceram definitivamente sobre a Igreja, o que se opõe à promessa formal de Nosso Senhor, quando constituiu São Pedro chefe da Igreja: “Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).
Durante um período mais ou menos longo, as forças do mal podem sobrepujar as forças do bem, conforme se vê hoje em dia. Mas o que não pode acontecer é que essa vitória seja definitiva. O Divino Espírito Santo está continuamente atuando nos corações dos homens a fim de reconduzi-los para as vias do bem.
Entretanto, se essas graças habituais não encontrarem correspondência por parte da humanidade, Deus poderá usar processos extraordinários. Como ocorre com o organismo humano: quando os remédios normais não funcionam, é preciso recorrer a uma cirurgia, ou a outros métodos mais ou menos “invasivos” (segundo a terminologia médica, sóbria mas muito expressiva).
É muito de recear que este seja o caso, porque a humanidade atingiu grau tão intenso de obstinação no mal, que sem uma forte sacudida da Providência não tem mais conserto… Essa sacudida seria um castigo de proporções mundiais, do qual falam diversas revelações privadas, com a de Fátima à frente e acima de todas.
Mas nossa jovem consulente não pode esperar até que Deus intervenha. Ela tem que conduzir sua vida para a frente, tanto mais que ninguém sabe quanto tempo transcorrerá até que se dê essa intervenção extraordinária. O que fazer até lá?
As virgens prudentes e as virgens fátuas

Nos Evangelhos destaca-se a parábola das dez virgens convidadas para uma festa nupcial. Dela se serviu Nosso Senhor para nos indicar que devemos estar constantemente preparados para a sua vinda, porque não sabemos o dia nem a hora:
“Então o reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. Mas cinco delas eram fátuas [isto é, tolas, sem tino, imprevidentes], e cinco prudentes. Ora, as cinco fátuas, tomando as lâmpadas, não levaram óleo consigo; as prudentes, porém, juntamente com as lâmpadas, levaram óleo em seus vasos. E, tardando o esposo, começaram todas a ter sono e adormeceram. À meia-noite, ouviu-se um grito: Eis que vem o esposo, saí ao seu encontro. Então levantaram-se todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as fátuas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso óleo, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Responderam as prudentes, dizendo: Para que não aconteça de faltar óleo a nós e a vós, ide antes aos vendedores e comprai-o para vós. Mas, enquanto elas foram comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para celebrar as bodas, e foi fechada a porta. Mais tarde chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos! Mas ele, respondendo, disse: Na verdade vos digo que não vos conheço. — Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25, 1-13).
Segundo os intérpretes da Sagrada Escritura, estar com a lâmpada acesa significa estar na graça de Deus no momento em que formos chamados para comparecer diante d’Ele. E os vasos de óleo de reserva, bem como o largo período de espera, indicam que ao longo da vida devemos nos preparar para esse dia, sobretudo com oração contínua e generosa penitência.
O que é estar na graça de Deus
Estar na graça de Deus supõe andar na linha de seus Dez Mandamentos. No caso concreto que estamos analisando, está particularmente em foco o sexto Mandamento da Lei de Deus, o qual só permite a coabitação do homem e da mulher legitimamente unidos pelo sacramento do Matrimônio. Sendo um dos mandamentos do Decálogo, à Igreja cumpre zelar pela sua observância, e não derrogá-lo ou sequer “flexibilizá-lo”, quaisquer que sejam as vicissitudes dos tempos. Nem o Papa pode fazê-lo.
Por isso, a solução aventada pela jovem consulente — de coabitação a título experimental — não pode ser aceita, por ser gravemente pecaminosa.
Que fazer, então, para evitar o risco de um casamento frustrado pelo desentendimento do casal?
Conspiração do mundo moderno contra a moral
A parábola das dez virgens ressalta a importância da preparação ao longo da vida para o momento supremo da chegada de Jesus Cristo. Este princípio se aplica também à preparação para o casamento, para que ele seja do agrado de Deus e por Ele abençoado.
É preciso reconhecer que os jovens de nossos dias são induzidos por grande número de instituições do mundo moderno num sentido contrário aos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Nesta matéria, é particularmente espantoso o que se propõe aos jovens nas novelas da TV. Não há comportamento imoral que não seja exaltado, não há comportamento virtuoso que não seja ridicularizado. Daí, por exemplo, o aumento vertiginoso de gravidezes de meninas de quinze anos, e até de onze anos!
E não só os meios de comunicação social estão empenhados em promover essa depravação. Até nas escolas a chamada educação sexual é orientada nesse sentido, a ponto de promover-se a distribuição gratuita de preservativos por organismos oficiais.
Nestas condições, como esperar que os casamentos dêem certo?
Os jovens que queiram ser fiéis aos princípios da Religião católica têm que ter a coragem heróica de enfrentar, e até mesmo romper com esse ambiente hostil. Mais do que tudo com a roda de amigos, em que “fica feio” não ser como os outros. Repudiar qualquer pusilanimidade e covardia.
Não é nas baladas que se encontra marido fiel
Sejamos bem concretos. Se o jovem ou a jovem se deixam arrastar pelo grupo de amigos — pela “galera”, como dizem — e vai a excursões, “baladas”, etc., não é aí que encontrará o marido ou a esposa que lhe seja fiel. O mais provável é exatamente que o casamento não dure um ano, quiçá nem mesmo o tempo para nascer o primeiro filho!
Diante desta situação, não cabe pleitear que a Igreja “flexibilize” suas leis para aceitar a coabitação pré-matrimonial, o divórcio, o recasamento, etc. Mesmo porque o final do caminho dessa “flexibilização” seria a aceitação do amor livre, há muito tempo preconizado pelas escolas freudianas, marxistas e anarquistas, todas elas atéias. A Santa Igreja não vacilou diante da perda de toda a Inglaterra, ao contrariar essas mesmas pretensões de Henrique VIII. Surgiu um São Tomás Morus.
A jovem missivista não se iluda: a felicidade não se encontra em dar vazão a todos os reclamos dos sentidos, mas na ascese, isto é, no refreamento dos instintos desordenados que deixou em nossa alma o pecado original, herdado de Adão e Eva, que desobedeceram a Deus nos primórdios do gênero humano.
Assim fazendo, e recorrendo a Deus em suas orações — por meio de Nossa Senhora, nossa Mãe amorosíssima, como recomenda a Igreja —, pode estar certa de que seus pedidos serão ouvidos e encontrará um esposo que lhe seja fiel por toda a vida.
E se quiser dar um sentido ainda mais elevado à sua vida, una-se à ação de outros jovens que resistem à avalanche pagã e infernal do mundo moderno, para reconduzi-lo às vias benditas da Civilização Cristã, onde os princípios de Nosso Senhor Jesus Cristo não precisam ser “flexibilizados”; antes, pelo contrário, aí eles são seguidos com todo o rigor e com todo o amor.
Revista Catolicismo - Setembro/2008

Palavra do Sacerdote - Matrimonio

Pergunta — Sou de família católica, e minha intenção sempre foi casar-me na Igreja. Mas todas as minhas amigas já estão separadas, em geral depois do primeiro filho. No civil, o casamento pode ser desfeito pelo divórcio, de maneira cada vez mais fácil. Mas na Igreja, só com um processo de anulação(*) complicado, caro e, segundo me dizem, desagradável. Como pode a Igreja não flexibilizar suas posições diante da situação concreta do mundo atual? Eu quero estar bem com Deus e com a Igreja, mas não acho justo correr o risco de ser abandonada depois do primeiro filho e não poder casar-me de novo. Então parece melhor juntar-me durante algum tempo e só casar depois que der certo. Se der…
Resposta — A descrição que a missivista faz do mundo moderno corresponde, em grande parte, à realidade. E nos lugares onde não se está inteiramente assim, caminha-se a passos rápidos para lá. A perplexidade dessa jovem é até mesmo compreensível, embora não se possa absolutamente aprovar a solução que propõe.
De qualquer modo, sua manifestação de querer “estar bem com Deus e com a Igreja” indica uma boa disposição de fundo de alma, pelo que merece ser especialmente ajudada. É o que procuraremos fazer.
Uma civilização que se afastou de Deus
O mundo moderno tornou-se um organismo doente, precisamente porque se afastou de Deus e da Santa Igreja. A questão é saber se tem cura, se tal cura se daria pelos processos normais.
A resposta é bem definida: cura tem que haver, porque do contrário seria preciso admitir que as portas do inferno prevaleceram definitivamente sobre a Igreja, o que se opõe à promessa formal de Nosso Senhor, quando constituiu São Pedro chefe da Igreja: “Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).
Durante um período mais ou menos longo, as forças do mal podem sobrepujar as forças do bem, conforme se vê hoje em dia. Mas o que não pode acontecer é que essa vitória seja definitiva. O Divino Espírito Santo está continuamente atuando nos corações dos homens a fim de reconduzi-los para as vias do bem.
Entretanto, se essas graças habituais não encontrarem correspondência por parte da humanidade, Deus poderá usar processos extraordinários. Como ocorre com o organismo humano: quando os remédios normais não funcionam, é preciso recorrer a uma cirurgia, ou a outros métodos mais ou menos “invasivos” (segundo a terminologia médica, sóbria mas muito expressiva).
É muito de recear que este seja o caso, porque a humanidade atingiu grau tão intenso de obstinação no mal, que sem uma forte sacudida da Providência não tem mais conserto… Essa sacudida seria um castigo de proporções mundiais, do qual falam diversas revelações privadas, com a de Fátima à frente e acima de todas.
Mas nossa jovem consulente não pode esperar até que Deus intervenha. Ela tem que conduzir sua vida para a frente, tanto mais que ninguém sabe quanto tempo transcorrerá até que se dê essa intervenção extraordinária. O que fazer até lá?
As virgens prudentes e as virgens fátuas

Nos Evangelhos destaca-se a parábola das dez virgens convidadas para uma festa nupcial. Dela se serviu Nosso Senhor para nos indicar que devemos estar constantemente preparados para a sua vinda, porque não sabemos o dia nem a hora:
“Então o reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. Mas cinco delas eram fátuas [isto é, tolas, sem tino, imprevidentes], e cinco prudentes. Ora, as cinco fátuas, tomando as lâmpadas, não levaram óleo consigo; as prudentes, porém, juntamente com as lâmpadas, levaram óleo em seus vasos. E, tardando o esposo, começaram todas a ter sono e adormeceram. À meia-noite, ouviu-se um grito: Eis que vem o esposo, saí ao seu encontro. Então levantaram-se todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as fátuas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso óleo, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Responderam as prudentes, dizendo: Para que não aconteça de faltar óleo a nós e a vós, ide antes aos vendedores e comprai-o para vós. Mas, enquanto elas foram comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para celebrar as bodas, e foi fechada a porta. Mais tarde chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos! Mas ele, respondendo, disse: Na verdade vos digo que não vos conheço. — Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25, 1-13).
Segundo os intérpretes da Sagrada Escritura, estar com a lâmpada acesa significa estar na graça de Deus no momento em que formos chamados para comparecer diante d’Ele. E os vasos de óleo de reserva, bem como o largo período de espera, indicam que ao longo da vida devemos nos preparar para esse dia, sobretudo com oração contínua e generosa penitência.
O que é estar na graça de Deus
Estar na graça de Deus supõe andar na linha de seus Dez Mandamentos. No caso concreto que estamos analisando, está particularmente em foco o sexto Mandamento da Lei de Deus, o qual só permite a coabitação do homem e da mulher legitimamente unidos pelo sacramento do Matrimônio. Sendo um dos mandamentos do Decálogo, à Igreja cumpre zelar pela sua observância, e não derrogá-lo ou sequer “flexibilizá-lo”, quaisquer que sejam as vicissitudes dos tempos. Nem o Papa pode fazê-lo.
Por isso, a solução aventada pela jovem consulente — de coabitação a título experimental — não pode ser aceita, por ser gravemente pecaminosa.
Que fazer, então, para evitar o risco de um casamento frustrado pelo desentendimento do casal?
Conspiração do mundo moderno contra a moral
A parábola das dez virgens ressalta a importância da preparação ao longo da vida para o momento supremo da chegada de Jesus Cristo. Este princípio se aplica também à preparação para o casamento, para que ele seja do agrado de Deus e por Ele abençoado.
É preciso reconhecer que os jovens de nossos dias são induzidos por grande número de instituições do mundo moderno num sentido contrário aos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Nesta matéria, é particularmente espantoso o que se propõe aos jovens nas novelas da TV. Não há comportamento imoral que não seja exaltado, não há comportamento virtuoso que não seja ridicularizado. Daí, por exemplo, o aumento vertiginoso de gravidezes de meninas de quinze anos, e até de onze anos!
E não só os meios de comunicação social estão empenhados em promover essa depravação. Até nas escolas a chamada educação sexual é orientada nesse sentido, a ponto de promover-se a distribuição gratuita de preservativos por organismos oficiais.
Nestas condições, como esperar que os casamentos dêem certo?
Os jovens que queiram ser fiéis aos princípios da Religião católica têm que ter a coragem heróica de enfrentar, e até mesmo romper com esse ambiente hostil. Mais do que tudo com a roda de amigos, em que “fica feio” não ser como os outros. Repudiar qualquer pusilanimidade e covardia.
Não é nas baladas que se encontra marido fiel
Sejamos bem concretos. Se o jovem ou a jovem se deixam arrastar pelo grupo de amigos — pela “galera”, como dizem — e vai a excursões, “baladas”, etc., não é aí que encontrará o marido ou a esposa que lhe seja fiel. O mais provável é exatamente que o casamento não dure um ano, quiçá nem mesmo o tempo para nascer o primeiro filho!
Diante desta situação, não cabe pleitear que a Igreja “flexibilize” suas leis para aceitar a coabitação pré-matrimonial, o divórcio, o recasamento, etc. Mesmo porque o final do caminho dessa “flexibilização” seria a aceitação do amor livre, há muito tempo preconizado pelas escolas freudianas, marxistas e anarquistas, todas elas atéias. A Santa Igreja não vacilou diante da perda de toda a Inglaterra, ao contrariar essas mesmas pretensões de Henrique VIII. Surgiu um São Tomás Morus.
A jovem missivista não se iluda: a felicidade não se encontra em dar vazão a todos os reclamos dos sentidos, mas na ascese, isto é, no refreamento dos instintos desordenados que deixou em nossa alma o pecado original, herdado de Adão e Eva, que desobedeceram a Deus nos primórdios do gênero humano.
Assim fazendo, e recorrendo a Deus em suas orações — por meio de Nossa Senhora, nossa Mãe amorosíssima, como recomenda a Igreja —, pode estar certa de que seus pedidos serão ouvidos e encontrará um esposo que lhe seja fiel por toda a vida.
E se quiser dar um sentido ainda mais elevado à sua vida, una-se à ação de outros jovens que resistem à avalanche pagã e infernal do mundo moderno, para reconduzi-lo às vias benditas da Civilização Cristã, onde os princípios de Nosso Senhor Jesus Cristo não precisam ser “flexibilizados”; antes, pelo contrário, aí eles são seguidos com todo o rigor e com todo o amor.
Revista Catolicismo - Setembro/2008

sábado, 30 de agosto de 2008

"Morreu, acabou. Nao existe nada depois da morte".

Pergunta — “Morreu, acabou. Não existe nada depois da morte” — Quantas vezes já ouvi esta frase! Muitos não a dizem, mas pensam assim, e conduzem a vida dessa maneira. E suas decisões exprimem esse pensamento. Um octogenário recentemente falecido declarou que não queria ser enterrado, mas cremado, e que suas cinzas fossem espalhadas no clube que freqüentava. Ficou claro para seus familiares que a razão era essa: com a morte tudo terminava, e nada mais havia a fazer senão a dispersão das suas cinzas. Na cabeça de muitas pessoas esvoaça essa dúvida: que provas há da existência de uma vida futura? Nunca ninguém voltou para contar…
Resposta — Se tudo termina com a dispersão das cinzas nos canteiros de um clube, se tudo termina na dissolução do ser humano no nada, é forçoso reconhecer que a vida humana não tem sentido. E seria pura fantasia aquela apetência do Ser Absoluto, que Santo Agostinho coloca no fundo do coração humano: “Fizestes-nos para Vós, Senhor, e nosso coração permanece inquieto enquanto não repousa em Vós”.
Que provas há de que existe algo para além da morte?
Começaremos por dar a reposta para os que têm fé. Em seguida nos dirigiremos aos incréus, pois o missivista evidentemente quer uma resposta para este gênero de gente. Insistimos, de antemão, no que temos várias vezes repetido: devemos ter fé e dar adesão intelectual à Palavra de Cristo, de acordo com Santo Tomás de Aquino.
“Eu sou a ressurreição e a vida”

Para os que têm fé, basta lembrar que a ressurreição dos mortos e a vida eterna são objeto dos dois últimos artigos do Credo: creio “na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém”.
São dois pontos claríssimos da pregação, e mesmo do agir de Nosso Senhor Jesus Cristo, como se vê no episódio da ressurreição de Lázaro, narrado no Evangelho de São João (11, 1-53): tendo Lázaro adoecido, suas irmãs Marta e Maria apressaram-se em avisar o Divino Mestre. Este, porém, deixou-se ficar mais dois dias no lugar em que estava, sabendo bem o que ia acontecer e o que iria fazer. Assim, quando chegou a Betânia, fazia quatro dias que Lázaro tinha falecido. Marta acorreu ao seu encontro e disse-lhe:
“Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também sei agora que tudo que pedires a Deus, Deus te concederá.
“Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.
“Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Crês isto?
“Ela disse-lhe: Sim, eu creio que tu és o Cristo, Filho de Deus vivo, que vieste a este mundo” (vv. 21-27).
Em seguida repete-se a cena com a chegada de Maria, avisada por Marta. Jesus se comove, chora, dirige-se ao sepulcro e diz:
“Tirai a pedra.
“Disse-lhe Marta, irmã do defunto: Senhor, ele já cheira mal, porque já está aí há quatro dias.
“Disse-lhe Jesus: Não te disse eu que, se tu creres, verás a glória de Deus?
“Tiraram, pois, a pedra; e Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: Pai, dou-te graças porque me tens ouvido. Eu bem sabia que me ouves sempre, mas falei assim por causa do povo que está em volta de mim, para que creiam que tu me enviaste.
“Tendo dito estas palavras, bradou em alta voz: Lázaro, vem para fora!
“E imediatamente saiu o que estivera morto […]. Então, muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, e que tinham presenciado o que Jesus fizera, creram nele” (vv. 39-45).
Segundo todos os intérpretes da Sagrada Escritura, a ressurreição de Lázaro — um morto de quatro dias! — era uma prova que Jesus queria dar de que Deus tem o poder de ressuscitar todos os homens no último dia.
A ressurreição dos mortos e a vida eterna são, pois, dois pontos perfeitamente estabelecidos da doutrina católica, e historicamente arquicomprovados.
Que sentido tem a vida presente?

Porém, nestes tempos de ateísmo e neopaganismo teórico e prático, convém apresentar provas também para aqueles que fecharam seus corações à palavra divina. E as perguntas que se põem naturalmente, para um espírito sensato, são estas:
— Que sentido tem a vida presente se, com a morte, o ser humano se dissolve no nada?
— Que sentido tem falar em aspectos morais de nossos atos se, por praticarmos o bem não seremos recompensados, e se fizermos o mal não seremos punidos?
É forçoso que a vida tenha sentido
No universo há uma ordem admirabilíssima. O mundo físico é tão ordenado, que os cientistas descobriram que ele é regido por leis requintadamente matemáticas. E a tal ponto que milhares de cientistas do mundo todo buscam há um século, afanosamente, reduzir todas as forças da natureza a uma só expressão matemática.
Ora, se há uma ordem, tudo no universo tem o seu posto, sua função, sua explicação, e sobretudo finalidade. Só a vida humana, que é o elemento mais alto sobre o universo, não teria sentido?
Esse sentimento é tão profundo na humanidade, que muitos buscam explicações em doutrinas fantasiosas. No começo — dizem — havia um ser único, que vivia na tranqüilidade, na harmonia interna e na mais perfeita felicidade. Não se sabe como nem por quê, produziu-se no interior desse ser uma cisão, que provocou uma explosão, originando-se daí a multiplicidade dos seres. Mas misteriosas forças cósmicas procuram restabelecer a unidade primitiva, o que acontecerá quando todos os seres se reintegrarem nesse “deus” primitivo, dissolvendo-se nele.
Aqui está — segundo esse pensamento — o que se passa com o homem quando morre: ele não se dissolve no nada, mas reintegra-se nesse ser único que reabsorve em si todos os seres. É o que constitui o fundo das doutrinas gnósticas e panteístas (tudo é deus).
Doutrinas, como se vê, fantasiosas, para não dizer monstruosas, mas que mostram como o homem tem necessidade de buscar uma explicação insofismável para o sentido da vida. Esse sentido só nos é dado pela idéia de um Deus criador — verdade que está inteiramente de acordo com a razão, ao contrário dessas fantasias.
É forçoso que a justiça seja feita
Por fim, a questão da justiça.
É evidente que a justiça nesta Terra é tremendamente falha; freqüentemente triunfam os maus, e os bons não são reconhecidos.
O mundo todo tem sido sacudido ultimamente por crimes tão hediondos, que a justiça humana não dá conta na tarefa de punir. E mesmo que punisse os criminosos, que por sua vez tornam-se até ídolos, nada reintegraria nos seus direitos as vítimas imoladas.
Se não há uma Justiça superior, que castigue na devida proporção o crime cometido e restabeleça as vítimas na integridade do seu ser, nada tem sentido nesta vida.
É uma prova de que a existência de Deus é necessária.
E esse Deus, infinitamente misericordioso e justo, é também infinitamente poderoso para ressuscitar os mortos no último dia e dar-lhes um destino eterno, que será a sua justíssima recompensa.
Portanto, nada termina com a morte, mas tudo recomeça com uma vida eternamente feliz para os bons, e eternamente infeliz para os maus.
Perspectivas tremendas, que nos devem fazer encarar a vida presente com profundíssima seriedade. Não fechemos os olhos para o que se passará depois do umbral da morte!
Se temos dificuldade em olhar de frente essa realidade, e tirar dela todas as conseqüências, peçamos o auxílio da Santíssima Virgem, que Ela nos tornará indiscutivelmente amena e esperançosa essa perspectiva. Te Deum laudamus!

"Morreu, acabou. Nao existe nada depois da morte".

Pergunta — “Morreu, acabou. Não existe nada depois da morte” — Quantas vezes já ouvi esta frase! Muitos não a dizem, mas pensam assim, e conduzem a vida dessa maneira. E suas decisões exprimem esse pensamento. Um octogenário recentemente falecido declarou que não queria ser enterrado, mas cremado, e que suas cinzas fossem espalhadas no clube que freqüentava. Ficou claro para seus familiares que a razão era essa: com a morte tudo terminava, e nada mais havia a fazer senão a dispersão das suas cinzas. Na cabeça de muitas pessoas esvoaça essa dúvida: que provas há da existência de uma vida futura? Nunca ninguém voltou para contar…
Resposta — Se tudo termina com a dispersão das cinzas nos canteiros de um clube, se tudo termina na dissolução do ser humano no nada, é forçoso reconhecer que a vida humana não tem sentido. E seria pura fantasia aquela apetência do Ser Absoluto, que Santo Agostinho coloca no fundo do coração humano: “Fizestes-nos para Vós, Senhor, e nosso coração permanece inquieto enquanto não repousa em Vós”.
Que provas há de que existe algo para além da morte?
Começaremos por dar a reposta para os que têm fé. Em seguida nos dirigiremos aos incréus, pois o missivista evidentemente quer uma resposta para este gênero de gente. Insistimos, de antemão, no que temos várias vezes repetido: devemos ter fé e dar adesão intelectual à Palavra de Cristo, de acordo com Santo Tomás de Aquino.
“Eu sou a ressurreição e a vida”

Para os que têm fé, basta lembrar que a ressurreição dos mortos e a vida eterna são objeto dos dois últimos artigos do Credo: creio “na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém”.
São dois pontos claríssimos da pregação, e mesmo do agir de Nosso Senhor Jesus Cristo, como se vê no episódio da ressurreição de Lázaro, narrado no Evangelho de São João (11, 1-53): tendo Lázaro adoecido, suas irmãs Marta e Maria apressaram-se em avisar o Divino Mestre. Este, porém, deixou-se ficar mais dois dias no lugar em que estava, sabendo bem o que ia acontecer e o que iria fazer. Assim, quando chegou a Betânia, fazia quatro dias que Lázaro tinha falecido. Marta acorreu ao seu encontro e disse-lhe:
“Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também sei agora que tudo que pedires a Deus, Deus te concederá.
“Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.
“Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; o que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Crês isto?
“Ela disse-lhe: Sim, eu creio que tu és o Cristo, Filho de Deus vivo, que vieste a este mundo” (vv. 21-27).
Em seguida repete-se a cena com a chegada de Maria, avisada por Marta. Jesus se comove, chora, dirige-se ao sepulcro e diz:
“Tirai a pedra.
“Disse-lhe Marta, irmã do defunto: Senhor, ele já cheira mal, porque já está aí há quatro dias.
“Disse-lhe Jesus: Não te disse eu que, se tu creres, verás a glória de Deus?
“Tiraram, pois, a pedra; e Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: Pai, dou-te graças porque me tens ouvido. Eu bem sabia que me ouves sempre, mas falei assim por causa do povo que está em volta de mim, para que creiam que tu me enviaste.
“Tendo dito estas palavras, bradou em alta voz: Lázaro, vem para fora!
“E imediatamente saiu o que estivera morto […]. Então, muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, e que tinham presenciado o que Jesus fizera, creram nele” (vv. 39-45).
Segundo todos os intérpretes da Sagrada Escritura, a ressurreição de Lázaro — um morto de quatro dias! — era uma prova que Jesus queria dar de que Deus tem o poder de ressuscitar todos os homens no último dia.
A ressurreição dos mortos e a vida eterna são, pois, dois pontos perfeitamente estabelecidos da doutrina católica, e historicamente arquicomprovados.
Que sentido tem a vida presente?

Porém, nestes tempos de ateísmo e neopaganismo teórico e prático, convém apresentar provas também para aqueles que fecharam seus corações à palavra divina. E as perguntas que se põem naturalmente, para um espírito sensato, são estas:
— Que sentido tem a vida presente se, com a morte, o ser humano se dissolve no nada?
— Que sentido tem falar em aspectos morais de nossos atos se, por praticarmos o bem não seremos recompensados, e se fizermos o mal não seremos punidos?
É forçoso que a vida tenha sentido
No universo há uma ordem admirabilíssima. O mundo físico é tão ordenado, que os cientistas descobriram que ele é regido por leis requintadamente matemáticas. E a tal ponto que milhares de cientistas do mundo todo buscam há um século, afanosamente, reduzir todas as forças da natureza a uma só expressão matemática.
Ora, se há uma ordem, tudo no universo tem o seu posto, sua função, sua explicação, e sobretudo finalidade. Só a vida humana, que é o elemento mais alto sobre o universo, não teria sentido?
Esse sentimento é tão profundo na humanidade, que muitos buscam explicações em doutrinas fantasiosas. No começo — dizem — havia um ser único, que vivia na tranqüilidade, na harmonia interna e na mais perfeita felicidade. Não se sabe como nem por quê, produziu-se no interior desse ser uma cisão, que provocou uma explosão, originando-se daí a multiplicidade dos seres. Mas misteriosas forças cósmicas procuram restabelecer a unidade primitiva, o que acontecerá quando todos os seres se reintegrarem nesse “deus” primitivo, dissolvendo-se nele.
Aqui está — segundo esse pensamento — o que se passa com o homem quando morre: ele não se dissolve no nada, mas reintegra-se nesse ser único que reabsorve em si todos os seres. É o que constitui o fundo das doutrinas gnósticas e panteístas (tudo é deus).
Doutrinas, como se vê, fantasiosas, para não dizer monstruosas, mas que mostram como o homem tem necessidade de buscar uma explicação insofismável para o sentido da vida. Esse sentido só nos é dado pela idéia de um Deus criador — verdade que está inteiramente de acordo com a razão, ao contrário dessas fantasias.
É forçoso que a justiça seja feita
Por fim, a questão da justiça.
É evidente que a justiça nesta Terra é tremendamente falha; freqüentemente triunfam os maus, e os bons não são reconhecidos.
O mundo todo tem sido sacudido ultimamente por crimes tão hediondos, que a justiça humana não dá conta na tarefa de punir. E mesmo que punisse os criminosos, que por sua vez tornam-se até ídolos, nada reintegraria nos seus direitos as vítimas imoladas.
Se não há uma Justiça superior, que castigue na devida proporção o crime cometido e restabeleça as vítimas na integridade do seu ser, nada tem sentido nesta vida.
É uma prova de que a existência de Deus é necessária.
E esse Deus, infinitamente misericordioso e justo, é também infinitamente poderoso para ressuscitar os mortos no último dia e dar-lhes um destino eterno, que será a sua justíssima recompensa.
Portanto, nada termina com a morte, mas tudo recomeça com uma vida eternamente feliz para os bons, e eternamente infeliz para os maus.
Perspectivas tremendas, que nos devem fazer encarar a vida presente com profundíssima seriedade. Não fechemos os olhos para o que se passará depois do umbral da morte!
Se temos dificuldade em olhar de frente essa realidade, e tirar dela todas as conseqüências, peçamos o auxílio da Santíssima Virgem, que Ela nos tornará indiscutivelmente amena e esperançosa essa perspectiva. Te Deum laudamus!

sábado, 26 de julho de 2008

Carta que saiu hoje no correio

Carta que saiu hoje no Correio Brasiliense, pergunta, missionários para que?
Quais os objetivos se não o da salvação das almas e cumprir o mandato de Nosso Senhor, "ide e evangelizai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
Fez-me lembrar algo que contou-nos um Bispo, alguns meses atrás, que em determinada reunião da CNBB em Itaici, discutindo-se sobre a provável canonização do Pe. José de Anchieta, toma a palavra um outro Bispo, linha TL, marxista portanto, e diz esta aberração, "querem canonizar Anchieta canonizem, mas não canonizem seus crimes"...

Cimi --> --> -->A matéria “A guerra pelas almas” (24/7, pág. 16) não reflete a realidade do trabalho do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Os termos belicosos do texto não são adequados à nossa atuação. O Cimi não faz “guerra” por almas, mas trabalha em defesa da vida e dos direitos dos povos indígenas. Os recursos humanos e estruturais não são “exército” para conversão. Os veículos de comunicação do Cimi, por exemplo, informam a sociedade nacional sobre os direitos e a realidade dos povos indígenas. A matéria diz que “há alguns anos” o Cimi inaugurou uma nova forma de atuar junto aos povos indígenas. Na verdade, desde sua fundação, em 1972, o Cimi trabalha de forma inculturada, buscando o diálogo inter-religioso e respeitando as culturas e as especificidades dos povos indígenas. Essa atuação e o próprio Cimi surgiram a partir das mudanças da Igreja Católica em relação aos povos indígenas, que começaram com o Concílio do Vaticano II (1962 — 1965) e com a Conferência de Medellín (1968).
Éden Magalhães, Conselho Indigenista Missionário (Cimi) -->
Carta que saiu hoje no Correio Brasiliense, pergunta, missionários para que?
Quais os objetivos se não o da salvação das almas e cumprir o mandato de Nosso Senhor, "ide e evangelizai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
Fez-me lembrar algo que contou-nos um Bispo, alguns meses atrás, que em determinada reunião da CNBB em Itaici, discutindo-se sobre a provável canonização do Pe. José de Anchieta, toma a palavra um outro Bispo, linha TL, marxista portanto, e diz esta aberração, "querem canonizar Anchieta canonizem, mas não canonizem seus crimes"...

Cimi --> --> -->A matéria “A guerra pelas almas” (24/7, pág. 16) não reflete a realidade do trabalho do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Os termos belicosos do texto não são adequados à nossa atuação. O Cimi não faz “guerra” por almas, mas trabalha em defesa da vida e dos direitos dos povos indígenas. Os recursos humanos e estruturais não são “exército” para conversão. Os veículos de comunicação do Cimi, por exemplo, informam a sociedade nacional sobre os direitos e a realidade dos povos indígenas. A matéria diz que “há alguns anos” o Cimi inaugurou uma nova forma de atuar junto aos povos indígenas. Na verdade, desde sua fundação, em 1972, o Cimi trabalha de forma inculturada, buscando o diálogo inter-religioso e respeitando as culturas e as especificidades dos povos indígenas. Essa atuação e o próprio Cimi surgiram a partir das mudanças da Igreja Católica em relação aos povos indígenas, que começaram com o Concílio do Vaticano II (1962 — 1965) e com a Conferência de Medellín (1968).
Éden Magalhães, Conselho Indigenista Missionário (Cimi) -->

sábado, 12 de julho de 2008

Céu espiritual e Céu empireo.

Pergunta — V. Revma. poderia explicar a diferença — se existe — entre Céu espiritual e Céu empíreo?
Resposta — O tema do Céu é um dos mais oportunos em nossos dias, quando muitos dizem que o inferno é nesta Terra, mas na verdade querem que o céu deles seja exclusivamente neste mundo.
Na Ladainha de Todos os Santos, a Santa Igreja nos convida a rezar: “Para que eleveis nosso espírito ao desejo dos bens celestes, nós vos rogamos, ouvi-nos”. Nada mais importante que este desejo dos bens celestes, pois significa o impulso interior de nos unirmos ao próprio Deus, desprendendo-nos dos bens da Terra, aos quais somos tão apegados. A pergunta do leitor nos incita a isso. Tratemos, portanto, do tema por ele levantado.
O Céu é um só, para o corpo e para a alma
Não há dois Céus, um empíreo e outro espiritual. O Céu é um só. Isto é verdade de fé.
O que ocorre é que o homem é composto de corpo e alma, de matéria e espírito. Quando os Padres da Igreja e os Doutores medievais trataram do Céu empíreo, apenas quiseram mostrar o que é óbvio, ou seja, que nosso corpo participou da luta que travamos aqui na Terra para sermos fiéis aos Mandamentos da Lei de Deus e aos Mandamentos da Igreja. Não foi só nossa alma que lutou. O corpo também submeteu-se a uma ascese para coibir os maus impulsos decorrentes do pecado original, da ação diabólica e do mundo, como também se absteve de prazeres legítimos em penitência por nossos pecados e — mais alto ainda — para “completar em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo”, como dizia o Apóstolo São Paulo (cfr. Col. 1, 24). Segundo a teologia de São Paulo, os sofrimentos de nosso corpo, unidos à Paixão sacratíssima de Cristo, participam dos méritos infinitos desta.
É justo, portanto, que nosso corpo participe da glória celeste que inundará nossa alma. Daí a teologia tradicional designar com o nome de Céu empíreo o lugar preparado por Deus, em que nosso corpo será recompensado de todas as fadigas e sofrimentos nesta Terra. O que nada tem a ver com as heresias do chiliasmo ou milenarismo.
E como o corpo será recompensado? Não apenas pelos dons da imortalidade e da impassibilidade, pelos quais não conhecerá de novo a morte e ficará isento de toda dor e sofrimento. Ele será restaurado na perfeição de seus membros e no bom funcionamento de todos os seus órgãos. Ademais, será glorificado, isto é, dotado de esplendor e mobilidade como o Corpo glorioso de Cristo ressuscitado. Segundo se vê pela narração dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos, Jesus Cristo aparecia de improviso no Cenáculo e em outros lugares onde estavam os Apóstolos, sem que estes percebessem como tinha entrado ou chegado. Mas comia com eles, para mostrar que não era um fantasma. E fez São Tomé tocar suas chagas, para certificar-se de que não era um ente imaterial. Era o Verbo Encarnado, ressuscitado e glorioso!
Assim, nosso corpo ressuscitado não deixará de ter uma natureza material, embora elevada e aperfeiçoada. E o lugar onde esse corpo se situará no Céu foi designado como Céu empíreo.
Ora, seria uma aberração pensar que o corpo estivesse num lugar, o Céu empíreo, e a alma num outro, o Céu espiritual. Pois o homem é composto de corpo e alma, e onde estiver seu corpo (ressuscitado) estará sua alma. Portanto, não há dois Céus, um para o corpo e outro para a alma. Como dissemos no início, o Céu é um só, para o corpo e para a alma.
Glorificação da alma e felicidade perfeita

Mas se o corpo será assim glorificado, muito mais glorificada será a alma. Ela será dotada da capacidade — que nesta Terra não temos — de ver a Deus face a face, tal qual Ele é, o que se designa com o nome de visão beatífica. Mais ainda, participaremos da própria vida divina, sem perdermos nossa identidade própria e sem nos confundirmos com Deus. É a vida da graça, oriunda da fé e do Batismo.
Será uma situação de felicidade perfeita, que colocará nossa alma num estado de gozo pleno, que se poderia designar de fato com o nome de Céu espiritual. A expressão é inteiramente legítima, desde que não seja entendida como um novo lugar, distinto do Céu empíreo como o definimos acima.
“Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram”
Como o leitor está percebendo, é uma situação tão alta, que nesta Terra não temos a menor capacidade de a compreender. É um mistério, ao qual aludia São Paulo quando disse: “Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem a mente do homem foi capaz de conceber o que Deus preparou para aqueles que O amam” (I Cor. 2, 9).
Assim, por mais que nos esforcemos em imaginar como é o Céu empíreo ou a bem-aventurança eterna das almas, ficaríamos incomensuravelmente abaixo do que Deus preparou para os homens que se salvam.
Não obstante, alguma coisa pode ser dita. Quando Deus criou o universo e nele colocou o homem, foi para que este, mesmo à luz da razão natural, através das coisas criadas se elevasse até Ele. Todas as coisas criadas têm em si um reflexo de Deus. E contemplando esse reflexo, o homem conhece um pouco como é Deus.
Não há quem, alguma vez na vida, contemplando um céu estrelado — fora das megalópoles modernas — não tenha ficado extasiado. Ou, contemplando um esquilo brincando com um fruto que colheu numa árvore, não tenha tido um sorriso de comprazimento. Esse comprazimento com uma maravilha criada por Deus, no fundo glorifica Deus; e glorifica tanto mais quanto mais amorosa e consciente for essa remissão ao Criador. Assim, pela escada das criaturas, o homem sobe até o Criador. E se prepara para as magnificências do Céu, indescritivelmente superiores ao que há de mais requintado sobre a Terra.
As obras do homem podem conduzir ao Criador

Por outro lado, quando Deus criou o homem, seu desígnio foi torná-lo um colaborador da própria obra da Criação. Por isso, deixou muitas coisas para o homem fazer. E foi assim que os homens construíram cidades, com casas, edifícios públicos, palácios, catedrais... E Deus quis que, ao construí-las, o homem pusesse nelas um reflexo do próprio Deus.
Sabemos bem que, infelizmente, os homens freqüentemente não fizeram isso, e até fizeram o contrário disso. Outras vezes, porém, nas épocas de fé, fizeram maravilhas que remetem a Deus.
Aqui está a razão desta digressão, que a algum leitor poderá ter dado a impressão de que se distanciava do tema. Não! Tanto a contemplação das obras criadas diretamente por Deus, como a contemplação das obras produzidas pelo homem de fé — sempre que conformes à ordem estabelecida por Deus — encaminham nosso espírito para compreender, muito limitadamente embora, como deve ser o Céu que Deus preparou para nós.
Não será certamente na contemplação das aberrações horrorosas da arquitetura moderna que nosso espírito se elevará ao Céu. Mas a contemplação de uma catedral — Notre Dame, Colônia, Duomo de Milão, e mil outras obras religiosas ou seculares que seria infindo listar –– nos encaminha até Deus.
O Céu empíreo será um requinte, muito além do imaginável por nós, de tudo aquilo que foi feito de bom e belo pelo homem, ou criado diretamente por Deus. Nele, as almas unidas aos respectivos corpos gozarão da visão beatífica, que constituirá para elas um autêntico Céu espiritual.

CATOLICISMO – JUNHO/2008

Céu espiritual e Céu empireo.

Pergunta — V. Revma. poderia explicar a diferença — se existe — entre Céu espiritual e Céu empíreo?
Resposta — O tema do Céu é um dos mais oportunos em nossos dias, quando muitos dizem que o inferno é nesta Terra, mas na verdade querem que o céu deles seja exclusivamente neste mundo.
Na Ladainha de Todos os Santos, a Santa Igreja nos convida a rezar: “Para que eleveis nosso espírito ao desejo dos bens celestes, nós vos rogamos, ouvi-nos”. Nada mais importante que este desejo dos bens celestes, pois significa o impulso interior de nos unirmos ao próprio Deus, desprendendo-nos dos bens da Terra, aos quais somos tão apegados. A pergunta do leitor nos incita a isso. Tratemos, portanto, do tema por ele levantado.
O Céu é um só, para o corpo e para a alma
Não há dois Céus, um empíreo e outro espiritual. O Céu é um só. Isto é verdade de fé.
O que ocorre é que o homem é composto de corpo e alma, de matéria e espírito. Quando os Padres da Igreja e os Doutores medievais trataram do Céu empíreo, apenas quiseram mostrar o que é óbvio, ou seja, que nosso corpo participou da luta que travamos aqui na Terra para sermos fiéis aos Mandamentos da Lei de Deus e aos Mandamentos da Igreja. Não foi só nossa alma que lutou. O corpo também submeteu-se a uma ascese para coibir os maus impulsos decorrentes do pecado original, da ação diabólica e do mundo, como também se absteve de prazeres legítimos em penitência por nossos pecados e — mais alto ainda — para “completar em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo”, como dizia o Apóstolo São Paulo (cfr. Col. 1, 24). Segundo a teologia de São Paulo, os sofrimentos de nosso corpo, unidos à Paixão sacratíssima de Cristo, participam dos méritos infinitos desta.
É justo, portanto, que nosso corpo participe da glória celeste que inundará nossa alma. Daí a teologia tradicional designar com o nome de Céu empíreo o lugar preparado por Deus, em que nosso corpo será recompensado de todas as fadigas e sofrimentos nesta Terra. O que nada tem a ver com as heresias do chiliasmo ou milenarismo.
E como o corpo será recompensado? Não apenas pelos dons da imortalidade e da impassibilidade, pelos quais não conhecerá de novo a morte e ficará isento de toda dor e sofrimento. Ele será restaurado na perfeição de seus membros e no bom funcionamento de todos os seus órgãos. Ademais, será glorificado, isto é, dotado de esplendor e mobilidade como o Corpo glorioso de Cristo ressuscitado. Segundo se vê pela narração dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos, Jesus Cristo aparecia de improviso no Cenáculo e em outros lugares onde estavam os Apóstolos, sem que estes percebessem como tinha entrado ou chegado. Mas comia com eles, para mostrar que não era um fantasma. E fez São Tomé tocar suas chagas, para certificar-se de que não era um ente imaterial. Era o Verbo Encarnado, ressuscitado e glorioso!
Assim, nosso corpo ressuscitado não deixará de ter uma natureza material, embora elevada e aperfeiçoada. E o lugar onde esse corpo se situará no Céu foi designado como Céu empíreo.
Ora, seria uma aberração pensar que o corpo estivesse num lugar, o Céu empíreo, e a alma num outro, o Céu espiritual. Pois o homem é composto de corpo e alma, e onde estiver seu corpo (ressuscitado) estará sua alma. Portanto, não há dois Céus, um para o corpo e outro para a alma. Como dissemos no início, o Céu é um só, para o corpo e para a alma.
Glorificação da alma e felicidade perfeita

Mas se o corpo será assim glorificado, muito mais glorificada será a alma. Ela será dotada da capacidade — que nesta Terra não temos — de ver a Deus face a face, tal qual Ele é, o que se designa com o nome de visão beatífica. Mais ainda, participaremos da própria vida divina, sem perdermos nossa identidade própria e sem nos confundirmos com Deus. É a vida da graça, oriunda da fé e do Batismo.
Será uma situação de felicidade perfeita, que colocará nossa alma num estado de gozo pleno, que se poderia designar de fato com o nome de Céu espiritual. A expressão é inteiramente legítima, desde que não seja entendida como um novo lugar, distinto do Céu empíreo como o definimos acima.
“Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram”
Como o leitor está percebendo, é uma situação tão alta, que nesta Terra não temos a menor capacidade de a compreender. É um mistério, ao qual aludia São Paulo quando disse: “Os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem a mente do homem foi capaz de conceber o que Deus preparou para aqueles que O amam” (I Cor. 2, 9).
Assim, por mais que nos esforcemos em imaginar como é o Céu empíreo ou a bem-aventurança eterna das almas, ficaríamos incomensuravelmente abaixo do que Deus preparou para os homens que se salvam.
Não obstante, alguma coisa pode ser dita. Quando Deus criou o universo e nele colocou o homem, foi para que este, mesmo à luz da razão natural, através das coisas criadas se elevasse até Ele. Todas as coisas criadas têm em si um reflexo de Deus. E contemplando esse reflexo, o homem conhece um pouco como é Deus.
Não há quem, alguma vez na vida, contemplando um céu estrelado — fora das megalópoles modernas — não tenha ficado extasiado. Ou, contemplando um esquilo brincando com um fruto que colheu numa árvore, não tenha tido um sorriso de comprazimento. Esse comprazimento com uma maravilha criada por Deus, no fundo glorifica Deus; e glorifica tanto mais quanto mais amorosa e consciente for essa remissão ao Criador. Assim, pela escada das criaturas, o homem sobe até o Criador. E se prepara para as magnificências do Céu, indescritivelmente superiores ao que há de mais requintado sobre a Terra.
As obras do homem podem conduzir ao Criador


Por outro lado, quando Deus criou o homem, seu desígnio foi torná-lo um colaborador da própria obra da Criação. Por isso, deixou muitas coisas para o homem fazer. E foi assim que os homens construíram cidades, com casas, edifícios públicos, palácios, catedrais... E Deus quis que, ao construí-las, o homem pusesse nelas um reflexo do próprio Deus.
Sabemos bem que, infelizmente, os homens freqüentemente não fizeram isso, e até fizeram o contrário disso. Outras vezes, porém, nas épocas de fé, fizeram maravilhas que remetem a Deus.
Aqui está a razão desta digressão, que a algum leitor poderá ter dado a impressão de que se distanciava do tema. Não! Tanto a contemplação das obras criadas diretamente por Deus, como a contemplação das obras produzidas pelo homem de fé — sempre que conformes à ordem estabelecida por Deus — encaminham nosso espírito para compreender, muito limitadamente embora, como deve ser o Céu que Deus preparou para nós.
Não será certamente na contemplação das aberrações horrorosas da arquitetura moderna que nosso espírito se elevará ao Céu. Mas a contemplação de uma catedral — Notre Dame, Colônia, Duomo de Milão, e mil outras obras religiosas ou seculares que seria infindo listar –– nos encaminha até Deus.
O Céu empíreo será um requinte, muito além do imaginável por nós, de tudo aquilo que foi feito de bom e belo pelo homem, ou criado diretamente por Deus. Nele, as almas unidas aos respectivos corpos gozarão da visão beatífica, que constituirá para elas um autêntico Céu espiritual.

CATOLICISMO – JUNHO/2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Palavra do Sacerdote - O Inferno existe?...... Achei o artigo bem fundamentado, dai a publicaçao.

Pergunta — Ouvi alguns católicos dizerem que o inferno existe, sim, mas está vazio. E que Deus o teria criado apenas para assustar os homens, a fim de que andassem no caminho certo. Porém, não iria ser tão cruel de mandar alguém para lá. E assim, no fim da vida, mesmo aos piores homens, daria a graça do arrependimento final. Que achar dessa teoria?
Resposta — Há muito tempo correm teorias que, de uma forma ou outra, tentam “esvaziar” o inferno. No início do século XX, alguns sustentavam a tese, condenada pela Igreja, de que o inferno existia, estava cheio de gente, mas, decorrido certo tempo, Deus teria pena dos condenados e os tiraria de lá. Depois começou a tomar corpo essa teoria do “inferno vazio”, que coincidiu com as perturbações pós-conciliares. Isso acarretou a zombaria dos inimigos da Igreja, de que esta havia mudado sua fé no inferno, que antes apresentava como “cheio”, e agora estava “vazio”.
Tratou dessa temática o Pe. Giandomenico Mucci SJ, em artigo da revista La Civiltà Cattolica (nº 3788, de 19 de abril de 2008), intitulado precisamente L’inferno vuoto (O inferno vazio), do qual extraímos alguns dados para responder à pergunta que nos foi apresentada. Antes de fazê-lo, porém, desfaçamos alguns equívocos preliminares.
Um inferno só para assustar?
A alegação de que Deus criou o inferno só para assustar não resiste à menor análise. É gravemente ofensiva a Deus, por torná-lo réu de blasfema deslealdade. A experiência da vida mais corriqueira mostra que uma penalidade estabelecida “apenas para atemorizar”, da qual se sabe que não será aplicada, não tem a menor efetividade. Um pai, um diretor de colégio, uma autoridade pública que recorressem a esse expediente ficariam logo desmoralizados. Não é possível sequer imaginar que Deus procedesse desse modo com os homens.
De onde é forçoso concluir que as penas do inferno serão efetivamente aplicadas.
No Evangelho: a cena do Juízo Final

Como o será, está descrito, com aquela beleza insuperável dos autores sagrados, no Evangelho de São Mateus, na cena do Juízo Final:
“Quando, pois, vier o Filho do homem na sua majestade, e todos os anjos com Ele, então se sentará sobre o trono da sua majestade; e serão todas as gentes congregadas diante d´Ele, e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, e os cabritos à esquerda.
“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. [...].
“Então dirá também aos que estiverem à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que foi preparado para o demônio e para os seus anjos; porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me recolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e no cárcere e não me visitastes.
“Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando é que te vimos faminto ou sequioso, ou peregrino, ou nu, ou enfermo, ou no cárcere, e não te assistimos?
“Então lhes responderá, dizendo: Na verdade vos digo: todas as vezes que não o fizestes a um destes pequeninos, a mim não o fizestes.
“E estes irão para o suplício eterno; e os justos para a vida eterna” (25, 31-46).
Diante dessa descrição, que voltas foi preciso dar na sua interpretação para concluir que “o inferno está vazio”? Tenha-se apenas presente que o Juízo Final se dará após a ressurreição dos corpos, no fim do mundo, mas cada homem já terá passado por um Juízo Particular, logo após a sua morte, e o seu destino individual terá sido desde então traçado: as almas dos destinados ao Céu passarão antes pelo Purgatório — a menos de já estarem inteiramente puras de qualquer mancha — para se purificarem das culpas que não tenham purgado durante a vida; e as almas dos réprobos (condenados) serão precipitadas imediatamente no inferno, onde aguardarão a ressurreição de seus corpos para se unirem a eles, e assim se apresentarem diante do Supremo Juiz a fim de receberem a sentença confirmativa e serem lançados de corpo e alma no inferno.
A tese de Hans Urs von Balthasar
O Pe. Giandomenico Mucci lembra que a expressão inferno vuoto (inferno vazio) foi atribuída ao teólogo suíço von Balthasar, no início da década de 80 do século passado.
Von Balthasar parte da idéia de que “esperar a salvação eterna de todos os homens não é contrário à Fé”, buscando respaldar-se na autoridade de alguns Padres da Igreja, entre os quais Orígenes e São Gregório Nisseno, “condividida por não poucos teólogos contemporâneos, entre os quais Guardini e Daniélou, de Lubac, Ratzinger e Kasper, bem como escritores católicos como Claudel, Marcel e Bloy” (G. Mucci, art. cit.).
A enunciação dessa tese suscitou ásperas críticas, sobretudo na área teológica germânica, obrigando Von Balthasar a defender-se: “Minhas palavras foram repetidamente deturpadas no sentido de que, quem espera a salvação para todos os seus irmãos e irmãs ‘espera o inferno vazio’ [...]. Ou no sentido de que quem manifesta tal esperança ensina a ‘redenção de todos’ (apokatastasis), condenada pela Igreja, coisa que expressamente rejeitei”. E depois de observar que ter a esperança da salvação de todos e saber que isso de fato ocorrerá são coisas distintas, conclui lamentando que suas palavras tenham sofrido uma “muito grosseira deformação nos jornais” (apud G. Mucci, art. cit.).
Procurando defender Von Balthasar, o Pe. Mucci observa que “os escritores laicos e os jornalistas não estão habituados a essas distinções, que talvez julguem como ridículas cavilações eclesiásticas”. Na verdade, como historiou o próprio Pe. Mucci, a tese de Von Balthasar provocou também fortes estranhezas nos ambientes teológicos...
A rejeição de Deus e a condenação
Aprofundando a questão, o Pe. Mucci continua: “Para compreender de algum modo o inferno, seria preciso penetrar o sentido e a gravidade do pecado mortal. O pecado é um mistério, como o é a sua punição. É o mistério da criatura que rejeita a fonte e o fim do seu ser. A agonia espiritual do inferno é o final horrível das tendências pecaminosas maturadas pela alma ao longo da vida terrena, voluntariamente desenvolvidas, e que não desfecharam numa sincera conversão. Isto significa que o pecador se preferiu egoisticamente a Deus, e Deus ratificou a livre vontade do condenado. Sob certo aspecto, o inferno é o pecador que teve êxito, o pecador que conseguiu fazer perfeitamente o que quis, e começou a fazer nesta terra. Por isso, o inferno é obra do homem, cuja vontade Deus respeita. O homem obtém no inferno o que queria obter” (art. cit.).
Deus sem dúvida “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”, como diz São Paulo (I Tim 2,4), mas desde que alguns fizeram livremente e loucamente sua opção pelo inferno, Deus em sua infinita e perfeitíssima justiça a respeita. Tendo o homem rejeitado a Deus, ele por sua vez sofre a rejeição de Deus, que o precipita nas profundezas do abismo, da “geena” (Mt 5, 22), “fornalha de fogo” onde “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 5, 42).
A palavra de um teólogo especial
Em abono do que acabou de explicar, o Pe. Mucci cita “um teólogo especial”, isto é, o então cardeal Joseph Ratzinger, que, no livro Escatologia, Morte e vida eterna (1977), afirma que Deus “não trata os homens como menores de idade, os quais, no fundo, não possam ser considerados responsáveis do próprio destino”, mas “deixa até mesmo ao perdido o direito de querer a própria perdição” (op. cit., p. 225 da ed. italiana).
Comenta o Pe. Mucci: “Trinta anos depois, o autor destas páginas, que se tornou Bento XVI, retomou o grave problema com aflita sensibilidade pastoral na encíclica Spe Salvi. Sensibilidade pastoral e desencantado realismo”. E cita o nº 45 da encíclica:
“Pode haver pessoas [mas no latim está: sunt quidam (isto é, há alguns)] que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa mesma história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste gênero. Em tais indivíduos, não haveria nada de remediável [mas no latim está: nihil sanabile invenias (isto é, nada de remediável encontres)] e a destruição do bem seria irrevogável: é já isto que se indica com a palavra inferno”. Os colchetes são do Pe. Mucci; as explicações entre parênteses são nossas.
Segundo o Pontífice, portanto, há pessoas — sunt quidam — que se condenam. E, portanto, o inferno não está vazio...
Não obstante, o Pe. Mucci quer de todos os modos salvar a tese de Von Balthasar, e apela para o que S.S. Bento XVI diz logo em seguida (nº 46), ao observar que o fechamento absoluto a Deus não é “o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens — como podemos supor — perdura no mais profundo da sua essência uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus”.
O fato de que, na maioria dos homens, perdure por toda a vida a abertura interior para Deus não permite concluir, como faz o Pe. Mucci, que podemos alimentar a esperança de que “todos possam um dia aceder” à bem-aventurança eterna. Fiquemos no “desencantado realismo” que ele mesmo notou em Bento XVI.

Revista Catolicismo - Julho/2008

Palavra do Sacerdote - O Inferno existe?...... Achei o artigo bem fundamentado, dai a publicaçao.

Pergunta — Ouvi alguns católicos dizerem que o inferno existe, sim, mas está vazio. E que Deus o teria criado apenas para assustar os homens, a fim de que andassem no caminho certo. Porém, não iria ser tão cruel de mandar alguém para lá. E assim, no fim da vida, mesmo aos piores homens, daria a graça do arrependimento final. Que achar dessa teoria?
Resposta — Há muito tempo correm teorias que, de uma forma ou outra, tentam “esvaziar” o inferno. No início do século XX, alguns sustentavam a tese, condenada pela Igreja, de que o inferno existia, estava cheio de gente, mas, decorrido certo tempo, Deus teria pena dos condenados e os tiraria de lá. Depois começou a tomar corpo essa teoria do “inferno vazio”, que coincidiu com as perturbações pós-conciliares. Isso acarretou a zombaria dos inimigos da Igreja, de que esta havia mudado sua fé no inferno, que antes apresentava como “cheio”, e agora estava “vazio”.
Tratou dessa temática o Pe. Giandomenico Mucci SJ, em artigo da revista La Civiltà Cattolica (nº 3788, de 19 de abril de 2008), intitulado precisamente L’inferno vuoto (O inferno vazio), do qual extraímos alguns dados para responder à pergunta que nos foi apresentada. Antes de fazê-lo, porém, desfaçamos alguns equívocos preliminares.
Um inferno só para assustar?
A alegação de que Deus criou o inferno só para assustar não resiste à menor análise. É gravemente ofensiva a Deus, por torná-lo réu de blasfema deslealdade. A experiência da vida mais corriqueira mostra que uma penalidade estabelecida “apenas para atemorizar”, da qual se sabe que não será aplicada, não tem a menor efetividade. Um pai, um diretor de colégio, uma autoridade pública que recorressem a esse expediente ficariam logo desmoralizados. Não é possível sequer imaginar que Deus procedesse desse modo com os homens.
De onde é forçoso concluir que as penas do inferno serão efetivamente aplicadas.
No Evangelho: a cena do Juízo Final


Como o será, está descrito, com aquela beleza insuperável dos autores sagrados, no Evangelho de São Mateus, na cena do Juízo Final:
“Quando, pois, vier o Filho do homem na sua majestade, e todos os anjos com Ele, então se sentará sobre o trono da sua majestade; e serão todas as gentes congregadas diante d´Ele, e separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, e os cabritos à esquerda.
“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. [...].
“Então dirá também aos que estiverem à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que foi preparado para o demônio e para os seus anjos; porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me recolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e no cárcere e não me visitastes.
“Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando é que te vimos faminto ou sequioso, ou peregrino, ou nu, ou enfermo, ou no cárcere, e não te assistimos?
“Então lhes responderá, dizendo: Na verdade vos digo: todas as vezes que não o fizestes a um destes pequeninos, a mim não o fizestes.
“E estes irão para o suplício eterno; e os justos para a vida eterna” (25, 31-46).
Diante dessa descrição, que voltas foi preciso dar na sua interpretação para concluir que “o inferno está vazio”? Tenha-se apenas presente que o Juízo Final se dará após a ressurreição dos corpos, no fim do mundo, mas cada homem já terá passado por um Juízo Particular, logo após a sua morte, e o seu destino individual terá sido desde então traçado: as almas dos destinados ao Céu passarão antes pelo Purgatório — a menos de já estarem inteiramente puras de qualquer mancha — para se purificarem das culpas que não tenham purgado durante a vida; e as almas dos réprobos (condenados) serão precipitadas imediatamente no inferno, onde aguardarão a ressurreição de seus corpos para se unirem a eles, e assim se apresentarem diante do Supremo Juiz a fim de receberem a sentença confirmativa e serem lançados de corpo e alma no inferno.
A tese de Hans Urs von Balthasar
O Pe. Giandomenico Mucci lembra que a expressão inferno vuoto (inferno vazio) foi atribuída ao teólogo suíço von Balthasar, no início da década de 80 do século passado.
Von Balthasar parte da idéia de que “esperar a salvação eterna de todos os homens não é contrário à Fé”, buscando respaldar-se na autoridade de alguns Padres da Igreja, entre os quais Orígenes e São Gregório Nisseno, “condividida por não poucos teólogos contemporâneos, entre os quais Guardini e Daniélou, de Lubac, Ratzinger e Kasper, bem como escritores católicos como Claudel, Marcel e Bloy” (G. Mucci, art. cit.).
A enunciação dessa tese suscitou ásperas críticas, sobretudo na área teológica germânica, obrigando Von Balthasar a defender-se: “Minhas palavras foram repetidamente deturpadas no sentido de que, quem espera a salvação para todos os seus irmãos e irmãs ‘espera o inferno vazio’ [...]. Ou no sentido de que quem manifesta tal esperança ensina a ‘redenção de todos’ (apokatastasis), condenada pela Igreja, coisa que expressamente rejeitei”. E depois de observar que ter a esperança da salvação de todos e saber que isso de fato ocorrerá são coisas distintas, conclui lamentando que suas palavras tenham sofrido uma “muito grosseira deformação nos jornais” (apud G. Mucci, art. cit.).
Procurando defender Von Balthasar, o Pe. Mucci observa que “os escritores laicos e os jornalistas não estão habituados a essas distinções, que talvez julguem como ridículas cavilações eclesiásticas”. Na verdade, como historiou o próprio Pe. Mucci, a tese de Von Balthasar provocou também fortes estranhezas nos ambientes teológicos...
A rejeição de Deus e a condenação
Aprofundando a questão, o Pe. Mucci continua: “Para compreender de algum modo o inferno, seria preciso penetrar o sentido e a gravidade do pecado mortal. O pecado é um mistério, como o é a sua punição. É o mistério da criatura que rejeita a fonte e o fim do seu ser. A agonia espiritual do inferno é o final horrível das tendências pecaminosas maturadas pela alma ao longo da vida terrena, voluntariamente desenvolvidas, e que não desfecharam numa sincera conversão. Isto significa que o pecador se preferiu egoisticamente a Deus, e Deus ratificou a livre vontade do condenado. Sob certo aspecto, o inferno é o pecador que teve êxito, o pecador que conseguiu fazer perfeitamente o que quis, e começou a fazer nesta terra. Por isso, o inferno é obra do homem, cuja vontade Deus respeita. O homem obtém no inferno o que queria obter” (art. cit.).
Deus sem dúvida “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”, como diz São Paulo (I Tim 2,4), mas desde que alguns fizeram livremente e loucamente sua opção pelo inferno, Deus em sua infinita e perfeitíssima justiça a respeita. Tendo o homem rejeitado a Deus, ele por sua vez sofre a rejeição de Deus, que o precipita nas profundezas do abismo, da “geena” (Mt 5, 22), “fornalha de fogo” onde “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 5, 42).
A palavra de um teólogo especial
Em abono do que acabou de explicar, o Pe. Mucci cita “um teólogo especial”, isto é, o então cardeal Joseph Ratzinger, que, no livro Escatologia, Morte e vida eterna (1977), afirma que Deus “não trata os homens como menores de idade, os quais, no fundo, não possam ser considerados responsáveis do próprio destino”, mas “deixa até mesmo ao perdido o direito de querer a própria perdição” (op. cit., p. 225 da ed. italiana).
Comenta o Pe. Mucci: “Trinta anos depois, o autor destas páginas, que se tornou Bento XVI, retomou o grave problema com aflita sensibilidade pastoral na encíclica Spe Salvi. Sensibilidade pastoral e desencantado realismo”. E cita o nº 45 da encíclica:
“Pode haver pessoas [mas no latim está: sunt quidam (isto é, há alguns)] que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa mesma história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste gênero. Em tais indivíduos, não haveria nada de remediável [mas no latim está: nihil sanabile invenias (isto é, nada de remediável encontres)] e a destruição do bem seria irrevogável: é já isto que se indica com a palavra inferno”. Os colchetes são do Pe. Mucci; as explicações entre parênteses são nossas.
Segundo o Pontífice, portanto, há pessoas — sunt quidam — que se condenam. E, portanto, o inferno não está vazio...
Não obstante, o Pe. Mucci quer de todos os modos salvar a tese de Von Balthasar, e apela para o que S.S. Bento XVI diz logo em seguida (nº 46), ao observar que o fechamento absoluto a Deus não é “o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens — como podemos supor — perdura no mais profundo da sua essência uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus”.
O fato de que, na maioria dos homens, perdure por toda a vida a abertura interior para Deus não permite concluir, como faz o Pe. Mucci, que podemos alimentar a esperança de que “todos possam um dia aceder” à bem-aventurança eterna. Fiquemos no “desencantado realismo” que ele mesmo notou em Bento XVI.

Revista Catolicismo - Julho/2008

sábado, 28 de junho de 2008

E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1,27)

Exortação a invocar Maria,
a Estrela do mar (São Bernardo)

E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1,27). Falemos um pouco deste nome que significa, segundo se diz, Estrela do mar, e que convém maravilhosamente ä Virgem Mãe...Ela é verdadeiramente esta esplendida estrela que devia se levantar sobre a imensidade do mar, toda brilhante por seus méritos, radiante por seus exemplos.
Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrostado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.
Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria.
Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.
Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.
Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso ä vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do Juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despenhar no abismo do desespero, pensa em Maria.
Nos perigos, nas angustias, nas duvidas, pensa em Maria, invoca Maria.
Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão dEla, não negligencies os exemplos de sua vida.
Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando nEla, evitaras todo erro.
Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nadas terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás, se Ela te é favorável, alcançarás o fim.
E assim verificarás, por tua própria experiência com quanta razão foi dito: “E o nome da Virgem era Maria”

E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1,27)

Exortação a invocar Maria,
a Estrela do mar (São Bernardo)

E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1,27). Falemos um pouco deste nome que significa, segundo se diz, Estrela do mar, e que convém maravilhosamente ä Virgem Mãe...Ela é verdadeiramente esta esplendida estrela que devia se levantar sobre a imensidade do mar, toda brilhante por seus méritos, radiante por seus exemplos.
Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrostado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.
Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria.
Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.
Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.
Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso ä vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do Juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despenhar no abismo do desespero, pensa em Maria.
Nos perigos, nas angustias, nas duvidas, pensa em Maria, invoca Maria.
Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão dEla, não negligencies os exemplos de sua vida.
Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando nEla, evitaras todo erro.
Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nadas terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás, se Ela te é favorável, alcançarás o fim.
E assim verificarás, por tua própria experiência com quanta razão foi dito: “E o nome da Virgem era Maria”

Preguiçoso...

"Passei perto do campo dum preguiçoso
e perto da vinha dum insensato
E eis que os espinhos ali cresciam por toda a parte
as silvas cobriam-lhe a superfice,
e o muro de pedra estava por terra..
Um pouco de sono, um pouco de sonolência,
um pouco cruzar as mãos para dormir,
e a tua pobreza virá como um vagabundo
e a tua indigência como um homem armado"
Prov. XXIV - Compendio de Teologia Acetica e Mistica - Ad. Tanquerey - pg. 483

Preguiçoso...

"Passei perto do campo dum preguiçoso
e perto da vinha dum insensato
E eis que os espinhos ali cresciam por toda a parte
as silvas cobriam-lhe a superfice,
e o muro de pedra estava por terra..
Um pouco de sono, um pouco de sonolência,
um pouco cruzar as mãos para dormir,
e a tua pobreza virá como um vagabundo
e a tua indigência como um homem armado"
Prov. XXIV - Compendio de Teologia Acetica e Mistica - Ad. Tanquerey - pg. 483

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Verdades Esquecidas

Convém narrar aqui o fato citado pelo Padre Spinelli nos Milagres de Nossa Senhora. No ano de 1611, no celebre santuário de Maria em Monte-Virgem, aconteceu que, na vigília de Pentecostes, tendo à multidão que ai concorrera profanado a festa com bailes, crápulas e imodéstia, se ateou de repente, um incêndio na casa de tabuas em que estavam os romeiros, e em menos de hora e meia reduziu-a a cinzas, morrendo mais de 400 pessoas. Só sobreviveram cinco que depuseram, com juramento, terem visto a Mãe de Deus com duas tochas acesas pondo fogo no edifício. Peço, pois, com instancia aos devotos de Maria, que se abstenham e impeçam também os outros de ir a semelhantes santuários de Nossa Senhora em dias de tais folguedos profanos. Pois, nessas ocasiões, há muito mais lucro para o inferno, do que honra para a Mãe de Deus. Romeiros tementes a Deus vão visitar os santuários, quando não há tanta aglomeração de povo.

Glorias de Maria – Santo Afonso de Ligório – Doutor da Igreja e Fundador da Congregação do Santíssimo Redentor – 1696-1787
Editora Santuário – Aparecida – SP – 2001 – pg. 453

Verdades Esquecidas

Convém narrar aqui o fato citado pelo Padre Spinelli nos Milagres de Nossa Senhora. No ano de 1611, no celebre santuário de Maria em Monte-Virgem, aconteceu que, na vigília de Pentecostes, tendo à multidão que ai concorrera profanado a festa com bailes, crápulas e imodéstia, se ateou de repente, um incêndio na casa de tabuas em que estavam os romeiros, e em menos de hora e meia reduziu-a a cinzas, morrendo mais de 400 pessoas. Só sobreviveram cinco que depuseram, com juramento, terem visto a Mãe de Deus com duas tochas acesas pondo fogo no edifício. Peço, pois, com instancia aos devotos de Maria, que se abstenham e impeçam também os outros de ir a semelhantes santuários de Nossa Senhora em dias de tais folguedos profanos. Pois, nessas ocasiões, há muito mais lucro para o inferno, do que honra para a Mãe de Deus. Romeiros tementes a Deus vão visitar os santuários, quando não há tanta aglomeração de povo.

Glorias de Maria – Santo Afonso de Ligório – Doutor da Igreja e Fundador da Congregação do Santíssimo Redentor – 1696-1787
Editora Santuário – Aparecida – SP – 2001 – pg. 453